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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ex-prefeito de Bragança deixa servidores à mingua

Do Amazônia Jornal

Servidores da educação do município de Bragança, no nordeste paraense, realizaram na manhã de ontem uma manifestação em frente ao Fórum Judiciário da cidade. Cerca de 200 professores e demais profissionais que atuam na educação do município interditaram uma das faixas da avenida Naziazeno Referreira, principal via de Bragança. O movimento foi motivado pelo atraso no pagamento do ordenado de dezembro, e parte do décimo terceiro salário, que deveriam ter sido quitados até o dia 20 do mês passado, ainda na gestão do prefeito Edson Oliveira (PMDB). Uma comissão formada pelo procurador jurídico da Prefeitura de Bragança, Rangemem Costa; pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Nonato Ceará; e três professores representantes do conselho do Fundeb participaram de audiência com a promotora de Justiça Geane Oliveira.

"Apresentamos o extrato bancário da prefeitura exatamente como o recebemos. Este e outros comprovantes já estão nas mãos do Judiciário, que agora vai avaliar e, possivelmente, chegar a uma conclusão até o final desta semana", antecipa Rangemem Costa. O procurador jurídico da atual gestão garantiu que a Prefeitura de Bragança não medirá esforços para pagar o funcionalismo público, embora não tenha informado um prazo para sanar a dívida. "Agora só nos resta aguardar a definição e o chamamento judicial. Hoje não há recursos para efetuar este pagamento", afirma o advogado. A meta, segundo Costa, é garantir, por meio de juízo, o bloqueio dos bens do ex-prefeito.
Ao todo, 1,6 mil servidores municipais de Bragança deixaram de receber os vencimentos nas datas programadas, segundo o presidente do Sintepp, Nonato Ceará. A dívida, segundo ele, é de R$ 1,3 milhão, valor que inclui, além do funcionalismo da educação, o da Assistência Social e da Saúde. Ceará explica que as duas categorias (assistência social e saúde) também estão se mobilizando. A meta do novo prefeito, padre Nelson Magalhães (PT), de acordo com o presidente do Sintepp, é enxugar a folha para quitar a dívida. "Também vamos tentar verificar junto à justiça a possibilidade de efetuar o pagamento dos salários de dezembro com recursos de 2013", esclarece.

O ex-prefeito Edson Oliveira esteve no cargo por seis anos. Ele assumiu a administração na metade do mandato de Celso Leite, que foi cassado em 2006. Ao longo do período em que o peemedebista esteve à frente da prefeitura, os atrasos nos salários eram constantes, segundo os servidores. A reportagem, que esteve na casa de Oliveira, em Bragança, foi informada por uma de suas funcionárias que o ex-prefeito está residindo em outro imóvel, de endereço desconhecido por ela.

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